Mediterrâneo

Refugiados na Europa Mediterrânica UNHCR ONG

Refugiados no Mediterrâneo, uma fuga cada vez mais perigosa

As rotas e as condições em que embarcam os refugiados no Mediterrâneo são cada vez mais perigosas, aumentando a mortalidade durante a viagem. Durante esta travessia, as pessoas enfrentam situações desumanas, durante dias. Naufrágios, ilhas sobrelotadas e centenas de crianças que chegam sozinhas a terra são a prova mais óbvia de que esta crise esquecida, continua.

 
A perda de vidas nos fluxos de refugiados no Mediterrâneo

A perda de vidas nos fluxos de refugiados no Mediterrâneo

Em 2020, cerca de 1.550 refugiados e migrantes foram declarados mortos ou desaparecidos em movimentos irregulares no mar desde a África Ocidental e do Norte até Itália, Malta e Espanha. Enquanto cerca de 524 destas perdas ocorreram quando as pessoas tentavam atravessar o mar a partir da Líbia, muitas vezes em barcos insufláveis sobrelotados que, por vezes, capotaram ou esvaziaram, outras 201 pessoas, maioritariamente da África Ocidental, afogaram-se ao tentar atravessar o mar a partir da Tunísia. Além disso, à medida que o número de pessoas que tentavam atravessar para as Ilhas Canárias vindas da África Ocidental e do Norte de África aumentou, também aumentou o número de mortes e de pessoas desaparecidas, com pelo menos 480 pessoas registadas em 2020. Além disso, muitas outras morreram ao longo das rotas terrestres através do deserto, em centros de detenção, ou em cativeiro de contrabandistas, ou traficantes.

 

Dados atuais do ACNUR

Nos primeiros cinco meses de 2022, cerca de 38.000 refugiados e migrantes chegaram à Europa através das rotas marítimas do Mediterrâneo e Noroeste de África, um aumento de 26% em comparação com o mesmo período, em 2021.
As chegadas em Itália aumentaram 123%, em maio de 2022, em relação a abril e 53%m em relação a maio de 2021. De cerca de 8.700 refugiados e migrantes que chegaram a Itália em maio, 55% partiram da Líbia, 28% da Turquia e 17% da Tunísia.
Cerca de 2.900 refugiados e migrantes que partiram da Líbia, em maio, foram intercetados ou resgatados pelas autoridades líbias. Segundo os dados disponíveis, a maioria das pessoas que partiram da Líbia em 2022, era do Bangladesh, Egipto, Eritreia e Sudão, enquanto as pessoas que chegam a Itália vindas da Turquisa são originárias principalmente do Afeganistão, da República Islâmica do Irão, do Egito e do Iraque.
Cerca de 2.700 refugiados e migrantes chegaram a Espanha, em maio de 2022.

Cerca de 900 refugiados e migrantes chegaram à Grécia por terra e por mar em maio, um decréscimo de 31% em relação ao mês passado e um aumento de 55% em relação a abril de 2021. As autoridades turcas informaram ter resgatado ou intercetado cerca de 4.700 refugiados e migrantes no mar, em maio, mais 47% do que no mês anterior (3.200).

 

A fuga pelo Mediterrâneo

 
 
38.000
pessoas chegaram ao mediterrâneo nos primeiros cinco meses de 2022.
85%
aumento no total estimado de chegadas através das rotas marítimas mediterrânicas e do Noroeste de África, em maio, em comparação com abril 2022.
 
 

PROJETOS PARA REFUGIADOS NA EUROPA

Primeiras habitações na chegada à Grécia
Instalações de primeira entrada
Abrigo para os recém-chegados à Grécia
Foram construídas mais de cem tendas de receção ao longo da costa grega. As prioridades foram também a informação e assistência.
 
Assistência aos refugiados - abrigo para crianças e idosos africanos
Proteção e abrigo para as pessoas forçadas a fugir
Proporcionamos um porto seguro para aqueles que tiveram de deixar tudo para trás.
Melhoramos as condições de vida dos refugiados em locais rurais e urbanos, ajudando-os a aceder a habitações seguras onde possam viver com dignidade, com menos vulnerabilidades socioeconómicas e com melhor qualidade de vida; em alojamentos seguros, privados, protegidos, e com um sentido de pertença. Este projeto visa proporcionar um porto seguro para as pessoas que procuraram proteção na Grécia, Jordânia, Iraque, Líbano, Ucrânia, Guatemala, México, Tanzânia, Chade, Ruanda, Quénia e Níger.
 
Mulheres refugiadas - Combate à violência sexual
Proteção de mulheres e raparigas refugiadas
Trabalhamos com um enfoque no género
Prestamos assistência médica e emocional às vítimas de violência, concebemos sistemas e serviços de acampamento a pensar em mulheres e raparigas, criando abrigos seguros para elas. Também asseguramos que as mulheres e raparigas tenham os seus próprios documentos de identidade e apoiamos a escolaridade das raparigas.
Trabalhamos com comunidades inteiras para defender a segurança e a igualdade das mulheres e raparigas e assegurar que as mulheres tenham voz na gestão dos campos ou serviços. Defendemos a participação das mulheres em atividades de subsistência.
 
 
"O desespero e a falta de esperança levaram muitos sírios a tomar o perigoso caminho até à Europa, na esperança de encontrar segurança, dignidade e um futuro. As soluções para os refugiados sírios são urgentemente necessárias para aliviar a tensão nos países de acolhimento e fornecer uma alternativa às redes de contrabando de pessoas que estão a ganhar dinheiro com o desespero dos refugiados"
Flippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados