América Latina

Ajudar a melhorar os sistemas de proteção dos refugiados e pessoas deslocadas na América Latina

O ACNUR trabalha em cooperação com organizações locais na América Latina para melhorar os mecanismos de proteção existentes nestes países. O acesso ao asilo, a proteção de pessoas que tiveram de fugir da violência por parte das organizações militares ou criminosas e a assistência direta às comunidades indígenas são alguns dos principais focos do trabalho dos escritórios do ACNUR na América Latina.

 
Mapa dos fluxos migratórios na América Latina e o trabalho do ACNUR

O fenómeno crescente dos fluxos migratórios

A América Latina é um território que vive situações de deslocação prolongada, como é o caso da Colômbia, embora nas Caraíbas e na América Central o fenómeno dos fluxos migratórios tenha vindo a aumentar nos últimos anos. Isto significa que os movimentos migratórios para outros países envolvem não só migrantes económicos, mas também pessoas com necessidade de proteção. É o caso, por exemplo, de muitos jovens que fogem da violência de gangues em El Salvador, Guatemala e Honduras, ou pessoas que fogem por razões de género e identidade sexual, entre outras razões. Também na Venezuela, as pessoas continuam a fugir para escapar à violência, à insegurança e às ameaças, assim como à falta de alimentos, medicamentos e serviços essenciais. Até junho de 2022, mais de 6.1 milhões de venezuelanos deixaram as suas casas, 5 milhões das quais se encontram no continente americano. Existem 199.206 venezuelanos reconhecidos como refugiados a nível mundial e 971.170 com pedidos de asilo pendentes.

 

A Colômbia é o país que mais deslocados tem gerado na América Latina nos últimos 50 anos: mais de 6.7 milhões de deslocados internos e cerca de 350.000 refugiados que fugiram para países como o Equador. A maioria destas pessoas são refugiados ou pessoas deslocadas que vivem em ambientes urbanos difíceis. O ACNUR fornece-lhes assistência e aconselhamento, enquanto que trabalha com as comunidades indígenas deslocadas pelos confrontos.

 

Crises de refugiados na América Latina

 
 
+ 1.8 milhões
de refugiados e migrantes da Venezuela na Colômbia, em 2021.
+ 6 milhões
de venezuelanos deixaram as suas casas, até junho de 2022.
+ 6.7 milhões
de pessoas deslocadas na Colômbia, nos últimos 50 anos.
 
 

PROJETOS DO ACNUR NA AMÉRICA LATINA

Mulheres refugiadas - Combate à violência sexual
Proteção de mulheres e raparigas refugiadas
Trabalhamos com um enfoque no género
Prestamos assistência médica e emocional às vítimas de violência, concebemos sistemas e serviços de acampamento a pensar em mulheres e raparigas, criando abrigos seguros para elas. Também asseguramos que as mulheres e raparigas tenham os seus próprios documentos de identidade e apoiamos a escolaridade das raparigas.
Trabalhamos com comunidades inteiras para defender a segurança e a igualdade das mulheres e raparigas e assegurar que as mulheres tenham voz na gestão dos campos ou serviços. Defendemos a participação das mulheres em atividades de subsistência.
 
A população indígena da Colômbia deslocada pela guerra recebe assistência do ACNUR
Soluções duradouras para 60.000 colombianos deslocados
Após mais de 50 anos de conflito armado na Colômbia, o ACNUR ajuda as pessoas deslocadas internamente ao oferecer soluções a longo prazo.
O ACNUR trabalha na integração e desenvolvimento sustentável de 60.000 pessoas deslocadas na Colômbia, afro colombianos, indígenas e camponeses, para os quais são desenvolvidas soluções a longo prazo, abordando necessidades específicas de idade, género e diversidade.
Os pilares do programa de soluções duradouras na Colômbia são a integração local em áreas urbanas, com iniciativas tais como planos empresariais para gerar emprego, realojamento e regresso às zonas rurais, onde é prestada assistência para a construção de infraestruturas, habitação e atividades comunitárias.
 
Mulheres indígenas colombianas que vivem como refugiadas no Equador
Emprego para refugiados colombianos no Equador
Criar oportunidades de emprego para aliviar a pobreza e integrar as pessoas mais vulneráveis
O ACNUR lança, juntamente com outras organizações e o sector privado, o Modelo de Graduação, em Santo Domingo de los Tsáchilas, uma cidade que acolhe refugiados a 200 km da capital. Este projeto piloto envolve o governo local e outras associações, que apoiam o emprego por conta própria, obtendo um rendimento regular e oportunidades de subsistência.
O seu objectivo é proporcionar aos refugiados oportunidades de emprego, apoio jurídico, educação financeira e estágios para incentivar ao emprego.
 
"A liderança nesta região, na construção de um espaço de proteção, continuará a ser um exemplo para o mundo."
António Guterres, Secretário-geral das Nações Unidas